quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Please, please forgive me, but I won't be home again. Maybe someday you'll look up, and, barely conscious, you'll say to no one: "Isn't something missing?" You won't cry for my absence, I know. You forgot me long ago. Am I that unimportant? Am I so insignificant? Isn't something missing? Isn't someone missing me? Even though I'm the sacrifice, you won't try for me, not now. Though I'd die to know you love me, I'm all alone. Isn't someone missing me? You can't stop the pain. Please, please forgive me, but I won't be home again. I know what you do to yourself, shudder deep and cry out: "Isn't something missing? Isn't someone missing me?" And if I bleed, I'll bleed knowing you don't care. And if I sleep just to dream of you, I'll wake without you there. Isn't something missing? Isn't something...
Houve um tempo em que eu não pensava em desistir. Por pior que as coisas pudessem estar, eu acreditava que tinha forças para me manter em pé, para continuar vivendo, como se alguma hora o pesadelo fosse acabar, e tudo o que sobraria seriam flores, amores, felicidade. Felizmente ou não, chegou a hora em que a realidade caiu aos meus olhos. A emoção deixou de compartilhar o mesmo espaço que eu e roubar meu oxigênio. Estou, finalmente, sozinho. Talvez, sozinho como sempre estive, porém, antes levava comigo algo que, para mim, eram amigos imaginários, mas outras pessoas talvez gostem de chamar de "sentimentos" como fé e esperança. Não os carrego mais, e essa leveza que sinto agora funciona como uma droga, entorpecendo-me. Ninguém jamais saberá como é sentir-se como eu me sinto, e talvez isso seja bom. Sentir uma mistura estranha de dor e vazio desgasta. Existe um nada dentro de mim que machuca e deprime. Um buraco negro que teima em puxar qualquer força que eu possa conseguir para dentro dele, abandonando-me indefesa, destroçada. E quanto mais puxa, mais esse buraco negro aumenta. Maior é a sua necessidade de roubar algo alheio. Maior é a sua força contra mim, que ainda permaneço caído. Não me resta nada a não ser lamentos e murmúrios. Não há o que salvar, visto que nada sobrou. Não há o que temer ou sentir. Já não subsiste energia em mim. A única coisa capaz de permanecer foi meu corpo. Sem alma, sem vida. Pausado em uma inércia constante e infinita.
Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras. Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo. São poucas as pessoas pra quem eu me explico. (Bob Marley.)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Untitled

Sempre acreditei que o interesse é o elo principal que une duas pessoas. Para que se conheçam, deve haver vontade de pelo menos uma das partes. Certas vezes, pessoas sempre sentem interesse por alguém inatingível, distante. E esse comportamento que gera a distância acaba criando um interesse ainda maior. Esse interesse pode, algumas vezes, acabar em obsessão, ou em uma paixão platônica. E essas situações nunca acabam bem. Porém, supondo que a pessoa distante também sinta uma ligeira curiosidade sobre a outra... Enquanto ela está longe, é admirada, desejada. Então ela se mostra vulnerável, propensa a uma aproximação. Talvez até mostre objetivamente sua vontade. Isso é ótimo, certo? Errado. Geralmente, quando a pessoa mostra interesse igualitário, perde o valor. Aquilo que antes era um desejo, passou a ser algo indiferente. Pois as duas pessoas querem a mesma coisa, almejam algo que torna o caminho de interação fácil demais. Simplesmente porque existem seres humanos que possuem em sua natureza algo que não os deixa seguir aquilo que não tem obstáculos. Como um animal, que corre atrás de sua presa insistentemente, e, depois de pegá-la e se divertir um pouco, abandona-a em qualquer lugar. Sua natureza, assim como a nossa, implica em sempre querer o que não podemos ter.