terça-feira, 13 de março de 2012

As pessoas sempre dizem que suicídio é um ato egoísta. Mas vem cá, querer que uma pessoa fique viva contra a própria vontade só pra você não ter que viver sem ela não é também?

domingo, 11 de março de 2012

Eu estou cansada de mentir. Cansada de fingir que eu estou bem quando eu claramente estou aos pedaços. Hoje meus pais saíram o dia todo e eu fiquei aqui, trancada no meu quarto, como sempre. Quando voltaram, minha mãe me perguntou como foi o meu dia.
"Foi bem, mãe," foi a minha resposta. Só esqueci de um detalhe, falar a verdade. 'Eu só fiquei procurando formas de me matar que não fossem detectáveis. Eu quero morrer, mas não quero que você e o meu pai sofram pensando que vocês erraram quando obviamente, eu só sou psicologicamente fodida demais pra continuar me aguentando. Desculpa.'
Desculpa mesmo. Eu confesso que não sei mais quanto tempo eu vou aguentar. Eu já não consigo mais passar pouco mais de alguns minutos sem pensar em como tudo ficaria melhor se eu simplesmente deixasse de existir. Eu preciso deixar de existir. Por que eu não consigo ir embora? É tão simples. Tão fácil. Está ao meu alcance o tempo todo. Eu tenho facas, eu tenho lâminas, bebidas, remédios... Eu posso me jogar na frente de um ônibus quando eu quiser, porra! E por que eu não consigo? Por que eu continuo presa entre a infelicidade e a incapacitação de mudar a minha situação? Por que é tão difícil sair desse labirinto? Eu quero sair desse labirinto!
Vai doer? Vai. Eu vou me arrepender? Provavelmente. Mas e daí? Vai durar só alguns segundos. Depois disso, eu não existirei mais. Não haverá preocupações, sofrimento, desespero. Desespero. Desesperador. Sem saída. Eu estou sem saída. É difícil pra respirar, pra abrir os olhos. O simples fato de me recordar de que amanhã tudo recomeça, eu terei que fingir que estou bem, isso é um esforço tão grande, tão exaustivo que ninguém faz a menor ideia. Eu espero que ninguém faça ideia, porque é cansativo demais até mesmo para ser descrito. Esse nó na garganta que nunca vai embora, que nunca me deixa em paz. Esse mundo utópico, onde eu não existo, onde a vida é muito mais fácil porque simplesmente não há vida nenhuma. Eu não aguento mais.

Como eu sairei desse labirinto de sofrimento?

sábado, 10 de março de 2012

Eu tento fugir desse labirinto, mas os demônios dentro de mim continuam me puxando de volta para a escuridão.

Eu não sei porque eu sou do jeito que eu sou.

Asleep.

Don't try to wake me in the morning 'cause i will be gone. Don't feel bad for me, I want you to know... Deep in the cell of my heart, I will feel so glad to go. Don't feel bad for me, I want you to know. Deep in the cell of my heart, I really want to go. There is another world, there is a better world... Well, there must be.
Eu só queria que tudo acabasse. Eu, as pessoas, o mundo... Pra mim já não importa mais. Fico esperando que alguma coisa aconteça, algo que me impeça de acordar, de viver. Eu só não quero mais sentir essa obrigação de ter que me levantar todos os dias e fingir para as pessoas que está tudo bem. Não está. Nunca esteve. Nunca estará. Não comigo. O que eles não entendem é que eu sou uma pessoa irrefutavelmente infeliz. Nada nem ninguém jamais conseguirá mudar isso. Eu respiro porque eu sou obrigada. Eu vivo porque me mandaram viver. Se eu quero fazer isso? De jeito nenhum. Se dependesse de mim, eu já estaria enterrada desde o momento em que eu nasci. É uma pena que eu seja covarde demais a ponto de não conseguir acabar com o meu próprio sofrimento. Por que eu não consigo? Morrer não doi. Eu farei ser rápido, prometo. Só me dê uma chance. É tudo o que eu estou pedindo, Juliana: me dê uma chance para te provar que não vai doer, você não vai sofrer e finalmente estará livre.