sexta-feira, 4 de junho de 2010

For the weak, I'm pretty much dead.

Eu já não tenho mais vontade de acordar. Houve uma época em que eu esperaria pela mudança das coisas, pois pensava que o tempo mudaria tudo. Mas não muda. Apenas esconde, releva. Nunca desintegra algo ruim ou cria algo novo para compensar o que há de mal no outro. O tempo não é justo, e tampouco é o universo. Este só importa-se com a ironia e depravação que pode criar. Afinal, o que há de ser um ser humano em meio a algo tão grande e extenso como a galáxia? Nada. Não somos nada. E quanto mais cedo você percebe isso, mais cedo passa a desejar que tudo mude. E, então, quanto mais cedo você percebe que as coisas não mudam, mais cedo vai desejar que tudo acabe.
Essa desilusão pode ser apenas uma fase, admito; não sei se vai durar para sempre ou se algum dia terminará, mas, o que quer que seja, é forte demais e está me consumindo com voracidade. Não sou forte. Não sou determinado. Posso ter sido algum dia, mas não mais. Ou, se ainda sou, não sei mais como encontrar a minha força. Como poderia, sozinho? Queria que houvesse alguém para me ajudar, alguém que estivesse disposto a me estender uma mão e tentar me puxar do abismo no qual estou pendurado. Não suportarei muito tempo dessa forma. Preciso de um resgate, de alguma coisa que me faça enxergar com clareza novamente e fortifique meus braços para que eu possa, enfim, puxar-me de volta à superfície. Preciso conseguir... sozinho. Como sempre estive.

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